Combate ao PCC e o desespero da esquerda
Por João Cesar de Melo, publicado pelo Instituto Liberal
Na semana passada, o Ministério da Justiça atualizou os
números do combate ao tráfico de drogas. Nos primeiros oito meses deste ano,
foram apreendidas 67 toneladas de cocaína, o que representa 85% do que foi
apreendido em todo o ano passado. Foram apreendidas ainda 233,5 toneladas de
maconha e destruídos 751 hectares de plantação dessa droga.
Ontem, foi preso em Angra dos Reis o homem apontado pela
Interpool como sendo o responsável pelas operações de tráfico internacional de
drogas do PCC. Foram apreendidos com ele dois helicópteros e uma lancha
avaliada em seis milhões de reais.
Essas notícias significam:
1 – enormes prejuízos para os grandes traficantes;
2 – a redução da oferta e o consequente aumento do preço das
drogas;
3 – a desestruturação de uma poderosíssima organização
criminosa responsável também por roubos, assaltos e assassinatos.
Diante desses fatos, precisamos correlacionar vários outros.
Basta-nos digitar “PCC invasões MTST” no Google para termos
acesso a dezenas de matérias sobre as relações do grupo de Guilherme Boulos
(PSOL) com a citada organização conhecida não apenas por controlar grande parte
do tráfico de drogas no país, mas também roubos, assaltos e assassinatos.
Recentemente, tivemos as gravações divulgadas pela Polícia
Federal em que uma liderança do PCC reclama do atual governo, com ele afirmando
que bom mesmo era nos tempos do PT, com quem sempre tinham “diálogo”. Qual
grande veículo de comunicação se preocupou em explorar o assunto? Nenhum. Nas tantas
entrevistas que a imprensa realiza com Dilma e até com Lula, preso, alguém
perguntou sobre isso? Não.
Ainda no Google, podemos achar outros tantos links com
informações sobre as relações da ditadura socialista na Venezuela com o tráfico
internacional de drogas.
Citando apenas um caso: em 13 de junho de 2015 (últimos dias
de governo Dilma), Lula (ainda em liberdade) recebeu a visita de Diosdado
Cabello, Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, que esteve no Brasil
em visita não-oficial. O detalhe: ele é apontado pelo FBI como um dos maiores
barões da cocaína do mundo, ligado ao Cartel dos Sóis. Esse cartel, formado por
militares venezuelanos, tornou-se notícia em 2013, quando um carregamento de
1,3 toneladas de cocaína, que havia saído de Caracas, foi apreendido no
aeroporto de Paris. A droga estava distribuída em 31 malas e havia passado por
uma única inspeção: a dos militares venezuelanos.
Segundo um ex-guarda-costas de Diosdado Cabello, que coopera
com a justiça americana, ele comanda 90% da exportação da cocaína produzida
pelas FARC, grupo comunista que provocou a guerra civil que atormentou grande
parte da Colômbia por seis décadas, deixando mais de 260 mil mortes, além de um
número ainda maior de crimes como atentados, sequestros, estupros e torturas.
Os únicos países que Diosdado Cabello podia visitar sem
risco de ser preso eram Cuba e Brasil.
Segundo o cientista político John Polga-Hecimovich (link
abaixo), há pelo menos 123 militares de alta patente da ditadura socialista da
Venezuela envolvidos diretamente no tráfico internacional de drogas,
intermediando os carregamentos originários das FARC para países europeus.
Falando nas FARC…
O grupo terrorista mudou de nome em 2017. De Forças Armadas
Revolucionárias Colombianas, passou a se apresentar como Força Alternativa
Revolucionária do Comum. No site do PT, consta a íntegra do texto “FARC se
solidariza con Lula”. Um mês atrás, membros das FARC anunciaram a volta à luta
armada.
Falando em Lula…
Logo no início de seu primeiro mandato, em 2005, o petista
recebeu informações detalhadas sobre as relações das FARC com o MST, na
ocasião, treinando brasileiros para atividades de guerrilha. (link abaixo) Qual
a reação de Lula? Nenhuma.
Como sabemos, as FARC e o PT de Lula integram o Foro de São
Paulo, a organização de esquerda que articulou a criação de um bloco socialista
na América Latina.
Outro caso que vale ser lembrado é o dos dois sobrinhos de
Cilia Flores (esposa de Nicolás Maduro), que foram condenados nos Estados
Unidos por planejar o transporte de 800 quilos de cocaína. A droga havia sido
produzida na Colômbia, por produtores protegidos pelas FARC.
Cilia Flores é pessoa muito influente no governo
venezuelano, atuando no movimento socialista do país desde antes da chegada de
Hugo Chávez ao poder.
Falando nele…
Começaram com Hugo Chávez os atritos com a vizinha Colômbia,
país que naquele período empenhou grandes esforços – com apoio financeiro e
militar dos EUA − para conter o tráfico de drogas e a atuação das FARC.
Já que os petistas adoram citar o caso da “cocaína do
Aécio”, devemos nos lembrar de que o tucano estudou em Cuba e que a irmã dele
foi uma das fundadoras do PT no Rio de Janeiro. Ou seja: Aécio é quase tão
esquerdista quanto qualquer petista.
Falando no PT…
Em maio de 2016, um vereador do PT de Avaré-SP acompanhava o
transporte de 200 kg de maconha numa caminhonete quando o veículo foi
interceptado pela polícia. O vereador reagiu tentando subornar os policiais. Há
também o caso de outro vereador petista, este, de Xambrê-PR, acusado de
transportar 250 kg de maconha.
“Curiosamente”, casos relacionando tráfico de drogas a
pessoas, movimentos e partidos de esquerda são esquecidos pela grande imprensa.
Em 2016, um adolescente morreu esfaqueado dentro de uma
escola pública invadida pela UNE. Ele e o assassino estavam drogados. (link
abaixo). Um caso gravíssimo como esse desapareceu dos jornais em poucos dias.
No Congresso, tentaram abrir a CPI da UNE que investigaria, dentre outras
coisas, a morte do garoto, mas o PCdoB conseguiu selar um acordo com Rodrigo
Maia − naquela mesma época, chamado de “golpista” pelo partido − e pronto, o
caso foi esquecido.
Há pouco menos de um ano, tivemos um partidário do PSOL
tentando assassinar o candidato à presidência da república, líder nas pesquisas
e que prometia fazer o que está fazendo hoje: endurecer o combate ao tráfico de
drogas. Adélio Bispo de Oliveira foi financiado por quem? Quem pagou seus
advogados? Quem colocou o nome dele na lista de visitantes no Congresso
Nacional no dia em que ele cometia o crime, a centenas de quilômetros em
Brasília? A grande imprensa, dominada pela esquerda, não demonstra interesse em
saber.
Alguns meses atrás, tivemos o caso do sargento da aeronáutica
que foi preso com 39 quilos de cocaína na Espanha, quando dava suporte à
comitiva de Jair Bolsonaro numa viagem à Europa. Imediatamente, toda a grande
imprensa e os canais midiáticos do PT repercutiram a notícia sugerindo
envolvimento do presidente. Porém, o assunto foi retirado das manchetes logo
que ficamos sabendo que o militar vinha nessa “missão” desde os tempos de
Dilma.
A grande imprensa, sempre muito “preocupada” com a educação,
também não se interessa em levar às massas uma assombrosa realidade: a
transformação das universidades públicas em antros de tráfico e consumo de
drogas.
Tamanho absurdo é sustentado pelo engajamento de partidos de
esquerda em não permitir ações da polícia nos campus. Nos canais “isentões” da
internet, como Catraca Livre e Quebrando o Tabu, predominam os assuntos
relacionados a sexo e… Legalização da maconha!
Precisamos nos lembrar ainda do engajamento dos partidos de
esquerda contra o endurecimento das leis de combate ao crime, contra a polícia
e contra as milícias – pessoas comuns que se associam a policiais para, na
maioria das vezes, matar ladrões, assassinos e traficantes. Nunca vimos a
esquerda dentro ou fora do congresso se manifestando contra traficantes de
drogas.
Leia também: A
hipocrisia da falsa imparcialidade jornalística: o caso do sequestro na Ponte
Não podemos nos esquecer também da política de
escancaramento das fronteiras que os governos de FHC, Lula e Dilma promoveram,
justamente no período de desarmamento da população. Ou seja: abriram o país
para a entrada de armas ilegais enquanto impediam que cidadãos honestos
pudessem comprar armas legalmente. Fronteiras escancaradas também para a
entrada de drogas e fluxo de criminosos.
Diante de tudo isso, minha opinião é a seguinte: a esquerda
liderada pelo PT é o braço político de uma gigantesca rede de tráfico
internacional de drogas. A campanha da esquerda contra Sérgio Moro e pela
libertação de Lula é, sobretudo, um esforço para deter as novas políticas de
combate ao tráfico de drogas. Não me surpreenderei se logo começarem a
acontecer atentados piores do que aquele contra Jair Bolsonaro. Mais uma herança
maldita deixada por tucanos e petistas.
Finalizo com dois esclarecimentos:
1 – Não consumo drogas, porém, como liberal, defendo a
legalização em respeito ao princípio de liberdade individual, algo bem
diferente do que fazem os socialistas, que defendem a legalização apenas como
forma de “arrebanhamento” de militantes entre os mais jovens, dado que em
nenhum país controlado plenamente por eles, sequer o consumo da maconha foi
legalizado – as penas para consumo e tráfico em Cuba são mais rígidas do que no
Brasil.
2 – Apesar de defender a legalização, essa pauta encontra-se
no final da minha lista de prioridades. Minhas maiores preocupações são com a
proteção da propriedade privada, por plena liberdade econômica, pela
preservação da inocência das crianças e pelo direito de cada indivíduo poder
defender seu negócio, sua família e sua própria vida. No Brasil atual, a pauta
da legalização das drogas não tem a menor importância para mim.

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